Bio Escape Adventure

Começo a entrar na rotina, seja lá isso o que for quando se trabalha com o mar ou dependendo do mar, como preferirem.
Por uma questão de organização, começarei a postar de acordo com acontecimentos e não necessariamente por dias, pois nem sempre tenho forças e existem dias mais “ricos” que outros.
Fui fazer o que eles chamam de Bio Escape Adventure. Passo a explicar: Bio porque eu estou lá :D, Escape porque é o nome do veleiro luxuosíssimo de 25m em que vamos e Adventure, pois nunca se sabe o que se pode encontrar. A viagem demora uma hora até uma ilha remota, onde o barco ancora ao largo.

Durante a viagem vou na sala de estar/jantar do piso superior onde as madeiras são nobres e o ar condicionado facilita a viagem aos meus “alunos” alemães com os seus 250kg de peso combinado. Durante a viagem falo sobre o processo de formação dos recifes, a sua importância a nível mundial, que animais poderemos ver na excursão de snorkelling que iremos fazer, bla, bla, bla. Descubro que ele é informático e que por biologia nunca se interessou muito, pois os professores eram desinteressantes. Aproveito para, num àparte completamente não relacionado, mandar cumprimentos via blog ao meu ex-prof. Brandão de Oliveira que tanto fez pela Zoologia durante os seus longos anos de ensino de Botânica na Universidade dos Açores. Gerações de futuros biólogos ganharam um interesse renovado pela Zoologia e a ele muito o devem. Bem-haja!
Chegamos à ilha de qualquer coisa (quando começar a ler o nome das coisas maldivanas em vez de as ouvir ditas em inglês por uma belga, atrevo-me a escrevê-lo), entramos no semi-rígido de apoio e lá estamos nós. Mal meto a cara na água e eis que me deparo com uma tartaruga a comer calmamente ignorando-nos. Para quem não sabe, as visibilidades são de 20m e o animal estava a 3. Daí em diante tudo é grande e fantástico, desde os corais frondosos e multi-coloridos às imensas espécies de peixe tropical que vejo. Descrever todos eles seria impensável, pelo que vou abster-me de fazê-lo. De repente a belga que me mostrava o spot, faz-me sinal de tubarão. Fico excitado e olho para o azul oceânico...não...não estava lá, volto a olhar para ela e ela está a nadar para terra...estava a 1m de profundidade um tubarão de recife de pontas pretas...com meio metro...lol. Bem...foi o meu primeiro tubarão...zinho :P

Passa uma hora de fascínio e voltamos ao barco. No barco espera-nos a tripulação com...agora pasmem-se...toalhas de rosto ensopadas em água aromática refrescadas no frigorífico...para limparmos o rosto. De seguida vamos para a popa onde temos um duche de água tépida para tirarmos o sal, sendo depois levados para a proa onde nos servem um chá de limão fabuloso com uma taça de fruta fresca. Temos mais 45min de viagem a apreciar a paisagem onde posso deliciar os meus “alunos” com sabedoria a jorros que qualquer um poderia ter aprendido a ver o discovery :D
E assim se passou uma manhã de trabalho...à tarde tinha o casal dubaicano (ver post anterior) para ensinar a mergulhar!

P.S. Assim que tiver as fotos subaquáticas tratadas e comprimidas, coloco-as aqui.