Madrid, dia 1

terça-feira, 28 de abril de 2009

Finalmente durmo sem hora para me levantar. Depois duma noite em que “fui” ao kuwait e acabei na grécia sem dormir, seguida duma noite dormida a correr, dormi tudo a que tinha direito.
Deste modo, o dia ficou mais curto, tendo programado somente uma visita a uma zona onde poderia visitar o Museu Romântico, a Igreja de Santo Antão, a Igreja de Santa Bárbara e a Praça de Colon.
Chegado ao Museu Romântico, o mesmo encontra-se fechado para obras, pelo que com um suspiro dirijo-me à Igreja de Santo Antão. Em obras...abre às 19h00 só para a missa. Bem, perante factos não há argumentos, pelo que vou para a Igreja de Santa Bárbara...fechada!




Decididamente eu e Madrid temos um problema. Se é por ser Lunes é porque é Lunes...se não é Lunes está tudo fechado na mesma.
Bem...à praça de Colon. A praça está aberta (reparem como me abstive de dizer que era a de colon que estava aberta de modo a manter o nível do blog) e, espantosamente, não está em obras. E sim, a quantidade de trocadilhos que se podem fazer com esta praça é extraordinária. Eu fico-me por esta foto das Flores de Colon com serviço ao domicílio, embora exista o metro subterrâneo do Colon, as Torres do Colon, enfim, uma infinidade de trocadilhos disponíveis cortesia dos nuestros hermanos.



Dum dos lados da praça está a biblioteca nacional de Espanha que tem uma exposição tremenda sobre a Malária. Meus amigos...de facto, eu sou um tipo com sorte. Ando quilómetros a pé em Madrid e no final sou recompensado com uma exposição sobre a malária, o seu veículo transmissor, as técnicas de combate à doença ao longo dos tempos, etc., etc., etc.. Ah...a felicidade dumas férias culturais!


Decido que o melhor é ir jantar que ao menos de estômago cheio ando mais satisfeito. Opto por um “típico” restaurante espanhol chamado Wok onde como uma salada cantonesa de pato com legumes e um gelado de baunilha.

Pronto, agora estou pronto para o ponto alto do dia: um bar de jazz ao vivo chamado Bogui Jazz Club. Apanho o metro e dirijo-me para a Chueca, zona equivalente ao bairro alto onde todo o tipo de fauna pulula. Saio do metro e pergunto a um puto empregado de mesa numa esplanada se ele sabe onde é a “Calle Almirante”. De imediato diz com um ar imensamente resoluto e esclarecedor: “pois bem, está a ver aquela cabine telefónica ali? Na parte de trás está um mapa da cidade...é que eu não faço ideia de onde seja”. Desmancho-me a rir com ele e animado com a piada dirijo-me ao mapa, o qual para não tão grande espanto meu, a dita rua não consta.
Vou resumir a meia-hora que se seguiu onde dei voltas sem fim pelo quarteirão procurando a rua. De repente um porteiro dum bar diz-me que fica a 100m do ponto inicial onde estive. Ah...finalmente...ainda chego antes do concerto das 23h00, penso. E eis que chego ao Bogui Jazz Club.


Maravilha, encerrado pelas autoridades em Outubro. Ainda bem que dei a volta à cidade para ver este papel! Volto ao dito porteiro e pergunto se há algum bar de jazz ao vivo por perto. Ele não sabe, mas pergunta a outro tipo que estava ali na conversa. Dizem-me que o Gula-Gula tem espectáculos ao vivo e que fica perto. As indicações são boas, pelo que em 2 tempos e meio estou no Gula-Gula onde sou recebido por um travesti “loiro” e um puto de tronco nú com uma coleira sado-masoquista. Afinal o bar não era de jazz, mas sim de espectáculos travesti e derivados.
Dei corda aos sapatos certo que a minha cama não estaria fechada para obras nem só abriria para a missa das sete. Domingo era dia de Prado e Thyssen!

1 comentários:

Unknown disse...

LOL - Leave it to you to get "taken" by the locals to one of those bars!!!! Here - I would just point it out to you, and say "that's NOT a jazz bar!" LOL