Doha-Male

domingo, 28 de setembro de 2008





Crónicas duma viagem ao "outroladodomundistão"

Doha-Male

Neste momento tenho 26 horas de viagem em cima com praticamente nenhum sono, pelo que esta última parte da crónica poderá, para além de não estar lá muito bem escrita, conter lapsos.
A estadia em Doha foi bastante interessante, como já vos contei. A ideia duma capela para orações rodeada de acrílico num aeroporto a parecer um aquário de fé é, para nós, estranha. Diferenças curiosas na maneira de estar destas culturas, onde se reza em todo o lado, enquanto. na nossa, é um acto mais privado e recolhido.


Chegada a altura de partir para Male, eis que me vejo a bordo doutro A330 (estou demasiado cansado para usar o termo aeronave), mas este mais antigo. Nada de mais, somente o telecomando do sistema vídeo individual era integrado no assento e não saía...maus hábitos :P
A meu lado veio um canadiano-italiano-espanhol-colombiano. Canadiano porque nasceu lá, italiano por parte da mãe, espanhol por parte do pai e colombiano porque casou com uma colombiana. Um verdadeiro cidadão do mundo! Viemos a falar em espanhol, mais para eu praticar que outra coisa. É vice-presidente duma companhia de hóteis e vem fechar negócio para comprar um e fazer outro. Vinha todo chateado, pois trocaram-lhe a reserva e teve de vir em turística. Para quem esteve em 14 países, desde a Guatelamala à Rússia, em 14 dias, compreende-se. Não lhe invejo a vida, por muito que ganhe. Nada paga este cansaço das viagens e do jet-lag.


Chegados às Maldivas, a coisa é gira. Para além duns portugueses que vinham fazer surf (cada um trazia 6 pranchas, o que me faz imaginar quanto teriam eles pago de excesso de peso), não há muito a contar. A pista fica numa ilha ao lado da capital e somos transferidos nuns barcos de madeira largos para caber pessoal e bagagem. Uma viagem de 15 minutos.


Chegamos a Male e, aqui sim, estou na Ásia. O taxista não fala inglês, está sempre a rir na conversa ao rádio do táxi, conduzem pela direita e as motas conduzem por todo o lado!!! Para ajudar à festa, o carro é de mudanças automáticas e não passamos dos 20-30 por causa das motos que vêem de todos os lados, e quando digo todos os lados, quero dizer todos os lados: da esquerda, da direita, de trás, de frente em contra-mão desviando-se no último instante. É um pagode...nunca mais falo mal dos taxistas de Lisboa :D
Neste momento espero o funcionário da empresa que me vem receber, depois da agência de emprego me ter ido receber e deixado no hotel. Nunca mais vejo a hora de tomar um banho e trocar de roupa!!!!

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