Em Madrid numa Lunes

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Decido ir de Metro até ao centro de Madrid. Descubro que foi uma opçao inteligente, pois ontem tiveram um nevao que bloqueou tudo, inclusive o aeroporto umas horas. Os madrilenos têm 2 tipos de carruagens: umas todas modernaças que servem a linha do aeroporto e umas que me fazem lembrar as de Lisboa de há 20 anos que servem as do centro da cidade. Assim sendo, é como fazer uma viagem no tempo, ao ponto de até terem um Manolo a tocar musica popular espanhola num acordeao para dar aquele ar antigo à coisa. Pronto, se calhar o senhor que tocava acordeao e a quem eu dei uma moeda nao é empregado do metro. Mas ficava bem! Está frio, chuvisca, mas eu sou um homem afoito (e com um belo casaco), pelo que após 50min de viagem por 4 linhas diferentes chego à estaçao de Atocha.

Saio, oriento-me pelo mapa, sem indicaçao do Norte, que me deram no turismo e vou ao museu da rainha Sofia. Depois duma corrida pela secçao de "arte" moderna chego ao que queria. Picasso, Miró e Dali com fartura para além de outros pintores como Francis Bacon (começa amanha uma exposiçao de Bacon no Prado que eu perdi por 1 dia!!!!).

Guernica é impressionante, tal como todas as obras de Picasso. É claro que qualquer destes senhores acima sofria de fortes problemas de foro psiquiátrico, e nao digo isto somente por serem espanhois, que eu cá, ao contrário do que pensam, nada tenho contra as criaturas. Já bem lhes basta nao terem podido escolher onde nasceram.
De todos prefiro Dali pela profundidade e pelas cores, sem contar com a variedade dos temas. Fiquei a reflectir porque estaria um enorme gafanhoto de patas para o ar na tela "O Grande Masturbador". Apelo ao vosso espírito crítico e imaginativo para lançarem dicas nos comentários!

Termino a visita e saio para a rua de olhos bem abertos e nariz bem fechado, pois o frio gelava-me a canalizaçao respiratória. Como qualquer coisa no MacDonald's (sim, tapas e bocadilhos comam-nos vocês) e desato a percorrer o maior número de atracçoes possível sempre com um céu escuro e chuviscos constantes. Entre jardins, igrejas e afins passam-se 2 horas de sorte com o tempo, pelo que decido nao arriscar mais e enfiar-me no metro para regressar seco e a tempo ao aeroporto.

No regresso reparo na diferença entre os viajantes das diferentes linhas, do espanhol popular às senhoras bem, conforme as zonas por onde passamos. Um dia voltarei...sem ser numa Lunes!

1 comentários:

Nucha disse...

Alguém tem q responder ao repto dos comentários ao gafanhoto... Como neste caso não consigo desligar a formatação de bióloga para fazer uma interpretação artistica rebuscada... só posso dizer q também não consigo ver a relação... a análise anatomo-morfologica-fisiológica comparada, não me ajuda!:P